A medição remota de energia elétrica consiste no controle e na aferição do consumo por meio de sistemas online, dispensando a leitura manual. Essa, porém, é apenas uma entre as várias funcionalidades que estarão amplamente disponíveis nas redes elétricas nos próximos anos.
Tal como as indústrias, os comércios e a prestação de serviços, os sistemas de informação e a área de energia estão evoluindo em ritmo acelerado. Esse movimento apressa profissionais e empresas, que já perceberam a importância de investir em tecnologia para se manterem competitivas no mercado.
No setor elétrico, a iniciativa por trás dessas inovações é a chamada AMI (Advanced Metering Infrastructure), a Infraestrutura Avançada de Medição. Embora enfrente uma série de desafios técnicos no Brasil, ela promete gerar grandes mudanças no futuro. Continue a leitura para saber mais!
Como a medição remota de energia elétrica é realizada?
Os primeiros dispositivos capazes de realizar a leitura de energia de maneira remota foram introduzidos com o objetivo de reduzir as perdas comerciais em regiões com altos índices de furtos e instalações clandestinas.
Entretanto, com o advento de novas tecnologias de geração e processamento de informação, novas soluções foram sendo apresentadas para tornar o serviço prestado pelas distribuidoras mais preciso e eficiente. Confira, a seguir, alguns desses dispositivos!
SDMEE (Sistema de Medição de Energia Elétrica)
O SDMEE, primeiro equipamento do Brasil capaz de realizar a medição remota de energia elétrica, é basicamente um conjunto de medidores cujo processamento é realizado em módulos instalados nos postes das ruas.
Seu principal benefício, porém, é a segurança. Qualquer tentativa de violação em seus componentes é informada à central imediatamente por meio de um sinal de alerta.
Smart Meters (Medidores Inteligentes)
Os Smart Meters, ou Medidores Inteligentes, já estão instalados em diversas regiões do Brasil, mas seu uso ainda é limitado e permanece em teste. O grande diferencial para o consumidor é que o aparelho dispensa as tradicionais leituras mensais. Por fornecer dados em tempo real para a central, ele viabiliza tarifas dinâmicas, além de agilizar serviços de manutenção.
As tecnologias por trás desses dispositivos são a AMR (Automated Metering Reading ou Leitura e Medição Automatizada) e a AMM (Automated Meter Management ou Gerenciamento Automatizado dos Medidores), que juntas permitem a medição e o registro do consumo, bem como a comunicação bidirecional com o sistema de telemedição.
Todos esses recursos fazem parte da AMI que, entre outras funcionalidades, torna possível a interação direta e remota entre as distribuidoras e seus consumidores.
Quais são as vantagens dessa tecnologia?
A tecnologia AMI é tratada como o alicerce das redes elétricas inteligentes. Entre suas principais vantagens, devemos destacar:
- torna possível o monitoramento e o controle remoto das opções de geração e armazenamento de energia;
- integra as informações e o funcionamento de diferentes medidores facilitando a detecção, o diagnóstico e a resolução de eventuais falhas, bem como modos de operação distribuídos;
- permite a implementação de sistemas automatizados na rede e simplifica a integração com fontes de energia secundárias (renováveis, por exemplo);
- viabiliza novas práticas de mercado, como novos modelos de gestão de cargas e novas propostas de comercialização da energia;
- prevê a participação dos consumidores de maneira ativa;
- provê um alto volume de dados para estudos e implementação de melhorias.
Quais são as atuais normas da Aneel para as novas instalações?
Após dois anos de discussão, a diretoria colegiada da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou novas normas que atualizam as condições e os parâmetros para medição e leitura do consumo de energia tendo em vista os novos recursos tecnológicos disponíveis.
As mudanças, em geral, são voltadas para as distribuidoras, que agora serão obrigadas a comprovar a visita do leiturista ou a restrição do acesso. Além disso, deverão oferecer alternativas para o consumidor, como a autoleitura e a instalação de medidores com acesso remoto de acordo com as condições operacionais da região.
Vale ressaltar que, até então, a medição remota de energia elétrica não é obrigatória, embora novas definições nesse sentido sejam esperadas para um futuro próximo. Sendo assim, a instalação de novos dispositivos e a execução dessa modalidade de serviço continua a cargo dos projetos de eficiência operacional das concessionárias de cada região.
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